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Por decisão judicial, Secretaria de Saúde suspende início de vacinação de professores no RN


O início da vacinação dos professores da rede pública do Rio Grande do Norte, que era previsto para a próxima segunda-feira (24), foi suspenso e não tem nova data, por causa de uma decisão da Justiça Estadual.



A informação foi dada pelo secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, em entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi, nesta sexta-feira (20).


“Essa era nossa vontade, era o que estava planejado, usando a reserva técnica da vacina Oxford. No entanto, nós temos uma ação civil pública no estado, já com decisão, que proíbe qualquer gestor estadual ou municipal de fazer a aplicação de vacinas fora do que tá preconizado no plano nacional de operacionalização da vacinação contra a Covid. E com isso não poderemos implementar esse plano até que tenhamos uma reversão dessa decisão judicial ou uma outra decisão do plano nacional de operacionalização”, afirmou Cipriano Maia.


“Nós temos trabalhado para que o Conass proponha essa adoção mas não temos ainda essa definição. Então com isso, não tem anúncio de início dessa vacinação dos professores até que resolvamos ou a questão jurídica ou a decisão na câmara técnica nacional da vacinação Covid”, acrescentou.


A decisão apontada pelo Estado foi publicada no plantão judiciário de 1º de abril e determina que o estado se abstenha de incluir ou modificar a ordem dos grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de imunização sem prévia autorização do Ministério da Saúde.


A ação foi impetradas pelo Ministério Público Estadual e a Defensoria Pública do Estado. O G1 solicitou posicionamento sobre o assunto, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.


A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) apresentou um plano de vacinação contra a Covid-19 para os professores e demais trabalhadores da educação do estado no dia 14 de maio, mesmo após a decisão judicial. A proposta previa que a vacinação desses profissionais fosse iniciada em 24 de maio. Porém, os professores não estão na lista de prioridades do Plano Nacional de Imunização.


A imunização era mais uma iniciativa prevista para o retorno das aulas presenciais na rede pública, suspensas desde março de 2020. O sindicato dos professores disse em abril, que a categoria só retoma o trabalho após a imunização.


O governo apresentou, no dia 13 de maio, o plano de retomada das aulas – sem especificar data de retorno – e previu o uso da reserva técnica de vacinas no estado imunizar os profissionais da educação.


Segundo o plano de vacinação, a ideia era utilizar 12.355 doses da reserva técnica do Estado, considerando as fases D1 e D2, da vacina Oxford/Astrazeneca para imunizar esses profissionais.



O documento ainda previa prioridade para os trabalhadores da educação da rede pública municipal e estadual, compreendendo professores e professoras que atuam em sala de aula, seguindo o escalonamento por idade de forma decrescente.


Em seguida, seriam contempladas as demais categorias que exercem atividades nas dependências das unidades escolares públicas, como merendeira, pessoal administrativo, porteiros e ASG. Numa nova etapa, começa a imunização dos trabalhadores da rede privada.


A Sesap também encaminhou ofício ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, solicitando a ampliação de doses de vacina contra a Covid-19 para contemplar os trabalhadores da educação no Rio Grande do Norte.


O governo do Rio Grande do Norte justificou que outros estados, como São Paulo e Espírito Santo, já iniciaram a vacinação nos profissionais da educação antes mesmo desse grupo ser incluído na atual fase de imunização no plano nacional.


A coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização (PNI), Franciele Francinato, disse no fim de abril que a ideia era começar a vacinar os trabalhadores da educação a partir de junho.

VIA: G1RN

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