Um jovem de 15 anos, morador de Extremoz, chamado Ian Ricardo Felix morreu na sexta-feira (06) poucos minutos após dar entrada no Hospital Municipal Café Filho, o único de urgência e emergência do município.
Segundo os familiares o jovem deu entrada cinco vezes seguidas no hospital, a primeira foi na segunda-feira (02) quando o jovem apresentava sinais de febre e ânsia de vomito, no hospital o jovem tomou injeção para amenizar os sintomas e foi liberado.
Na terça-feira (03) Ian voltou ao hospital, dessa vez reclamando de uma forte dor no pescoço e lá foi diagnosticado com um suposto torcicolo e novamente foi liberado sem a realização de nenhum exame.
Na quarta-feira (04) ele retornou ao hospital novamente com a dor no pescoço, porém dessa vez dos dois lados, acrescida de uma forte dor na cabeça, na quinta-feira (05) ele retornou ao hospital e dessa vez receitaram ibuprofeno, inclusive os familiares afirmam ter a receita.
Mesmo com a receita o medicamento não foi vendido, pois a farmacêutica não confiava na receita baseada dos sintomas e afirmou que só venderia o medicamento com exames, que não foram feitos.
Na sexta-feira (06) ele retornou mais uma vez a o hospital, dessa vez em estado grave, ainda segundo relatos da família nesse dia quem estava no plantão suspeitou de meningite e aplicou remédio, mesmo sem exames para comprovar.
Ainda na sexta-feira o jovem veio a óbito,um enfermeiro ainda perguntou se o jovem era usuário de algum entorpecente, e não só a família como quem conhecia o Ian afirmam que era um jovem trabalhador e não utilizava nenhum tipo de droga.
Os familiares do jovem afirmam que houve negligencia no hospital e pedem justiça, pois nenhum tipo de exame foi feito e mesmo assim injeções e remédios foram aplicados e receitados para o jovem.
O hospital informou que a causa da morte foi meningite, nesse caso é possível realmente identificar um grande erro, considerado que foi receitado anteriormente ibuprofeno, um anti-inflamatório que não é recomendado nesse caso, podendo até induzir uma meningite asséptica.