Um dos policiais que sobreviveu ao atentado no rio Potengi nessa quinta-feira (10) relatou a amigos, em áudio obtido pela reportagem, o desespero pelo qual ele e mais dois colegas, também policiais, passaram.
“A gente estava descendo para o Alecrim [pelo rio] a uns 500 metros da base. Eles foram encostando e perguntaram se a gente estava pescando”, descreve o PM identificado como sargento João Maria Silva.
Pelo relato, situado nas imediações do Paço da Pátria, eles responderam afirmativamente à pergunta, quando foram surpreendidos pelos tiros. “Eu só ouvi então os tiros: ‘bum, bum, bum’. As cipoadas na água”, descreve o sargento com a voz embargada.
Ele narra ainda que sentiu algo atingi-lo no peito antes de saltar para a água, quando pensou que era o fim: “Eu pensei: pronto. Morremos! Morremos!”.
O caso
Na tarde dessa quinta-feira, três policiais pescavam no rio Potengi quando foram alvejados pela ação de bandidos. Dois sobreviveram e um deles, o subtenente Amaurí Soares Firmo, está desaparecido. Ele se aposentou há três semanas.
Além do subtenente, estavam na embarcação o sargento João Maria da Silva e um agente da polícia civil, de nome ainda não revelado. João Maria só foi encontrado depois das 22h dessa quinta, escondido em um viveiro de camarão.