Em 1997 e 2003, o pescador Pedro Luiz da Silva encontrou, no fundo da lagoa de Extremoz duas canoas monóxilas (feitas a partir de um único tronco de árvore) remanescentes da cultura Potiguar. Em exibição no museu Câmara Cascudo, a exposição chamada “Navegar Impreciso” apresenta as canoas indígenas como artefatos em destaque. Uma delas é considerada o artefato náutico mais antigo já datado no Brasil (séc. XIV).
Os estudos revelam que uma das embarcações é anterior ao descobrimento do Brasil. Com cerca de 700 anos, a chamada “Extremoz 4”. Na mostra é possível observar e fazer comparações entre a tecnologia da produção, detalhes como o formato da proa, entre outros. “As mudanças podem ser atribuídas ao contato com o conhecimento náutico dos colonizadores europeus”.
Ainda dá tempo de aproveitar essa programação cultural. Em função da grande procura e do sucesso, a exposição continua aberta a visitação do público e das escolas interessadas. O objetivo da exposição é “apresentar essas peças de enorme importância arqueológica, histórica e cultural, cujo valor como patrimônio potiguar, brasileiro e humano é incomensurável, conjugando suas potências e realçando seus significados com duas intervenções contemporâneas – um vídeo e uma instalação artística – criadas especialmente para a ocasião”.
Além das canoas indígenas compõe a mostra, também, o marcos de Touros. Um dos mais antigos registros da chegada dos europeus nas Américas, instalado no litoral potiguar pelos navegantes portugueses em 1501.
Outras programações acontecem pela capital potiguar durante a semana do museu. A data é alusiva ao dia 18 de maio em que se comemora o dia internacional dos museus. A exposição tem a coordenação de Everardo Ramos e Abrahão Silva e tem entrada gratuita. Maiores informações podem ser encontradas na página oficial do MCC (Museu Câmara Cascudo).