Exatamente no dia 24 de fevereiro de 2020 se completam 36 anos em que uma tragédia marcou a história do carnaval de 1984 em Natal.
Um grave acidente que deixou 19 pessoas mortas, 12 feridos gravemente e vários outros levemente feridos e ficou conhecida como “Tragédia do Baldo”.
No dia 25 de fevereiro de 1984, um sábado, a Prefeitura do Natal disponibilizava transportes para foliões e escolas de samba.
A empresa Guanabara para cumprir o compromisso com a prefeitura disponibilizou um ônibus para realizar um percurso do Alecrim até as Rocas.
O motorista designado pela empresa, Aluízio Farias Batista, deveria transportar os integrantes de uma escola de samba chamada “Malandras do Samba”.
Ao receber a ordem Aluízio ficou indignado pois ele trabalharia além do expediente, mesmo assim concordou em fazer o percurso durante a madrugada, muito provavelmente com medo de perder o emprego.
Ao chegar no bairro Alecrim, com o ônibus já cheio de dirigentes da escola de samba teria começado um desentendimento entre o motorista e os integrantes da escola, devido à euforia dos integrantes dentro no ônibus.
Apressados a irem embora, os passageiros começaram a puxar a campainha do ônibus, o que teria irritado ainda mais o condutor do veículo.
Pela denúncia, Aluízio saiu em velocidade “desabalada” (em torno de 60-70 km/h, segundo o acusado), sem respeitar os semáforos durante o percurso. Após reclamações dos passageiros, ele teria respondido: “Se tiver que morrer, morre todo mundo”.
No trecho sob o recém-inaugurado Viaduto do Baldo, ao fazer a curva antes da descida, Aluízio bateu a traseira do ônibus, próximo à porta de desembarque, na lateral dianteira de um Volkswagen Fusca, que estava estacionado no canteiro.
A batida mudou a trajetória do ônibus, jogando-o para cima do bloco ‘Puxa-Saco’, que passava naquele momento do outro lado da avenida.
O ônibus passou pelo meio do bloco em alta velocidade, atingindo as pessoas num trecho de 86 metros, deixando um saldo de 19 mortos e muitos feridos.
A tragédia aconteceu à 0h:50m, após o acidente Aluízio fugiu e o ônibus foi apedrejado por pessoas indignadas ainda na subida, ele só reapareceu para dar um depoimento e depois fugiu novamente.
Somente em 2009 ele foi a julgamento e condenado a 21 anos de reclusão em regime inicialmente fechado, pelo crime de homicídio duplamente qualificado, mas até hoje ele não foi preso pois nunca foi encontrado.
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